quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ser incrédulo

Quanto tempo mais poderei aguentar
Sem que alguém venha me torturar
Sufocar-me com seus medos
Fazendo meus planos escorrerem pelos dedos
Deteriorando meu caráter

Com o que mais posso me indignar
Com o excesso de comida,
Ou com meu modo de esbanjar?
Com a forma banal que meu texto é lido,
Ou por ter visto e omitido?

Contudo deixo de ser para ter
Penso alto sem crescer e poder
Viso o céu quando o que resta é o inferno
Bom, com meu salário mínimo,
Comprarei um terno ou um par de chinelo?

Ando, paro, penso, falo e vejo
A qual desses objetos cederei meus desejos?
Sendo o mais puro ser increpto
Espero preservar meu estado de putrefação
Cedendo minha alma, meu corpo, indo além de meu coração.

Esperarei um playboy encantado montado em seu lindo carro

Queria eu, poder te roubar,
Sem deixar rastros.
Iremos para nossa casa na lua
Aquela na qual chamaremos de lar

Espero por sua vinda.
Pegar-me, salvar-me,
Fazer-me tua mulher.
Escreveremos uma história linda

Sei, não temos como burlar
Isso tudo que está ao redor.
Com toda essa bela natureza,
É como se pudéssemos controlar

Chegarei com minha Ferrari vermelha.
Meus óculos escuros,
Com madeixas louras ao ar.
Tão logo espantarei tua tristeza.

Por debaixo dos raios do sol,
Vivo a te esperar.
E nesses tempos difíceis
Como é triste sofrer em prol

Quase nenhum desejo

O gelo que vinha da chuva
Incompatível com teu ser
A cor do teu sorriso
Fazia sentido em você
O movimento do teu corpo
Exalando uma essência doce

O que dizer? Não ter você.
O que fazer pra nossa vida mudar?
Libertei do sentimento vulgar
Quis falar, mas você não me ouviu por quê?

Espero que o destino
Tenha dito que sou seu
Te ver com outro alguém
Me dói e eu sem lugar
Lembranças de um dia
Em que eu pude te amar

Me privei, não venci.
Disputar amor e o que será?
E tão só
Não consegui
Mas por quê?
Sem me entender vem indagar

CyberNation

Ao grito que sai da garganta
Aflita de um homem
Sem o amor, sem um nome.
Um berro, um chute.
Teu movimento projetado em slow-motion
Aos delírios desenhados em emotion
Esmurrar um tempo após outro
Dias que não param de passar
Horas que não deixam de levar
Frações de paciência
Fragmentos de tolerância
Uma angústia transformada em ciência
Teu seduzir visando
Um monte de metal e plástico
É isso que me deixou estático
Sem um toque
Sem um gesto
Sem um texto
Sem ter nada
Nós seguimos em frente
Em busca de apenas algum contexto

O não me basta

Meu maior erro foi não saber dizer não
Estar só me faz voar sem coleira
Sem fronteira à frente
Escrever versos sem temer represália
A qual me proporcionava
A cada estrofe que lia

Simples, aguardo um amor de volta.
Simples, sendo assim sinto-me bem. Acorda!
Seja feliz aqui e agora
Pois meu amor vem e vai
Sem demora
Sem medo de sangrar vai embora

Há de existir algo que não me faça sorrir
Talvez, todas as coisas que vi em ti.
Em segredo, um choro.
Sem afeto, demasiados sorrisos.
Lamúria de quem perde
Vertigem de quem pisa

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Vixe mãinha

Ói minino,
Cê sai da minha cacunda
Que eu não to te agüentando não
Ói que tenho que carregar essa lata d´água
E ainda tem que fazer cumida pro painho
Vixe bichinho arretado
larga da saia da Dona
Que ela é bunita por demais
E ela não é farinha pro seu pirão
Vixe mãinha,
Larga disso
Que essa Dona
É formosa por demais
É a coisa mais bela da gota serena
Venha cá minha flor
Qual é a sua graça?
Prazer minha rapadura
Eu sô Zé Calango

Sem pensar

Dentro de mim com você
Sem pensar
Eu quero você
Te vejo em movimentos lentos
A luz da lua
Ilumina teus lábios
Eu vou a você
Nosso momento
É belo, único.
Sob a luz das estrelas
Posso voar
Por todo teu doce corpo
O tempo pode passar
Mas não levará a lembrança
Da noite que tive você
Sem pensar, sem dizer.
Apenas fui pra ti
Sem você perceber.