quarta-feira, 13 de maio de 2009

Vixe mãinha

Ói minino,
Cê sai da minha cacunda
Que eu não to te agüentando não
Ói que tenho que carregar essa lata d´água
E ainda tem que fazer cumida pro painho
Vixe bichinho arretado
larga da saia da Dona
Que ela é bunita por demais
E ela não é farinha pro seu pirão
Vixe mãinha,
Larga disso
Que essa Dona
É formosa por demais
É a coisa mais bela da gota serena
Venha cá minha flor
Qual é a sua graça?
Prazer minha rapadura
Eu sô Zé Calango

Sem pensar

Dentro de mim com você
Sem pensar
Eu quero você
Te vejo em movimentos lentos
A luz da lua
Ilumina teus lábios
Eu vou a você
Nosso momento
É belo, único.
Sob a luz das estrelas
Posso voar
Por todo teu doce corpo
O tempo pode passar
Mas não levará a lembrança
Da noite que tive você
Sem pensar, sem dizer.
Apenas fui pra ti
Sem você perceber.

Essas tais vozes

Essas vozes ao meu respeito
Eu sigo
Sigo até o sol
Talvez se for
Meus desejos se afoitam
E sem caminho, se vão.

Meus planos se esvaíram
Por que não?
Por que me sinto tão estranho?
E você sabe que lá de longe
O sol nasce
E te faz sentir bem novamente

Essas vozes na minha cabeça
Reversas sem sentido
Não tenha medo
Estamos novamente tão longe
E nunca iremos nos sentir

Eu estarei aqui e ali
Por vezes essas vozes me enchem
Minha cabeça não agüenta
Mas não desisto de pensar e não vou desistir

18:50

Hum...
quero sentir
Uhum...
quero somente sentir
Simplesmente em minha situação
Não se obriga a nada
Se colhe
Recolha-se
Nas profundezas das cidades
Nos obscuros e trágicos arranha-céus
E isso é tudo
Você é incisiva nessa situação
Esse é seu trabalho
E eu
Quero simplesmente senti-lo

Casar e me amar demais.

Arranjei um amor pra casar
Daqueles que te pega de jeito
E não tem como escapar
Eu me amo

Meu ego, meu centro.
Abraço-me de uma forma aconchegante
Calorosa, cheia de amor.
Tão forte que chega a ser sufocante

Amor esse que ninguém vai dar
Amar você mesmo
É saber todos seus defeitos
Todas suas qualidades

Respeitar-te nos limites
Ilimitar-te no teu peito
A felicidade que tens contigo
E às vezes se faz necessário
Fugir pro colo de quem te oferece abrigo

Nada é para sempre

Leia
Coma
Durma
Viva
Diga sim
Não pra mim
Mas para você mesmo
Amor
Ódio
Felicidade
Tristeza
Tão pouco
A própria depressão
Prometa
Mas há perjúrio
Que algum dia não venha?

Acostumado

Talvez o segredo
Não é te amar
Mas sim dedicar o teu amor
Como dedica ao meu.

Consumado

Te amar em segredo,
Ainda assim é te amar,
Fato.

Lamentos

Quanto tempo faz?
Pra eu voltar atrás
Sem que nada acontecesse

Quanto tempo tem?
Sem procurar alguém
Você não se satisfaz

Impossível voltar
Impossível viver
Sem ter você

Ela é toda gostosa

Ela é gostosa
Pimenta baiana com jeito mineiro
Mas ela ta prosa
Pois sabe que eu quero provar teu tempero
Ela é gostosa
Dos pés a cabeça te quero de corpo inteiro
Ela ta prosa
Tem tudo aquilo que não se tem por dinheiro

De manhã vem o sol
E com ele dourar tua pele
Aguçar meu desejo
E então vem pro mar
E com ele banhar o teu corpo
Como se fosse água de cheiro

Mas ela é gostosa
Com o corpo esculpido por um Deus brasileiro
Ela ta prosa
Desfila na areia e é “cantada” o tempo inteiro
Ela é gostosa
Ela mexe o quadril de um jeito maneiro
Mas é vaidosa
“Bye bye” pra galera só está a passeio

Dizeres

Quando Deus fez o céu
Quando fez o mar
Faria-me homem
Só pra te encontrar

Quando fez tua boca
Quando desenhou teu olhar
Ele sabia que no futuro
Eu iria te amar

Não é simples
Nem tão complexo
Tenho certeza do que sinto por você
E é muito mais que sexo

Te amar é lindo
Apesar desse tempo, te espero.
Quando você me olha desejando
Da mesma forma te quero

Ao acaso

Eu não tive sorte como você
Ter alguém pra entender
Ate mesmo fingir que ama
Que sempre escuta os meus problemas
Que também sofra com meu sofrer
Mas na cama resolvemos

Eu não quis te perturbar
Ter você é meu dizer
Te amar já não dá
Fui falar tudo sobre mim
Dizer coisas quando se esta afim
Te amar vai me matar

Chega em casa e já sai
Sem destreza, sagaz.
Vai volta sem temor
Ho! Mulher mais que vadia
Não do tempo pro amor
E já vai chegar teu dia

Eu não quis me maltratar
Tentar viver com você
Todo fim chegará
Te amei mais que todo mundo
Arranquei do mais profundo
E você deixa pra lá

Aflito

Somos quem somos
Pois não podemos ser quem queremos ser
Vivemos o que temos
Pois a grana ta curta e os desejos afoitos
Não temos nada
Pois nem a vontade de crescer prevalece mais
Mas tenho meu mundo
Pois é o único lugar que realmente sou dono ainda
E isso só na minha cabeça

Entre belezas e tristezas

Criança de rua
Carnaval, lindo, mulher nua.
Revira latão de lixo
Comendo porcarias como um bicho

Luzes, lojas, lanche.
Tiros, mortes, fome.
Brincando de caçar o que comer
Nessas dificuldades, tentando crescer.

De tudo que vi e ouvi
De forma dolorosa aprendi
Espero que o “pai” nos ame
Vinda da voz triste de um menino escutei
Jesus te acompanhe

Animal monótono

Talvez devesse-me calar
Mas com paz que me falta
Queria que não se assustasse
Quando abastecer-me de loucura e gritar

Espantar os fantasmas que rondam
Desencadear uma série de sentidos
Descontrolados desenfreados
Que esperaram por tempos a liberdade

Não estares aqui,
Não me falta nada.
Dito o ritmo
Na disritmia dissonante que é a vida

Quisera força para poder voar
Um animal sem raciocínio
Mas livre de todo mundo
Que tende a te escravizar

Deveras exercer

No caminho de casa te encontro.
O acaso haveria de brincar conosco.
Falamos de tudo, sem conteúdo algum.
Aguçara os desejos físicos.

A chuva caía para nos incitar.
Teu cabelo molhado,
Sua pele trêmula.
Nessa hora quase não falamos nada.

Olhei nos teus olhos,
Desejava sentir o gosto da tua boca
Sentir o leve enroscar de nossas línguas
Foi lindo enquanto havia sentido

Nossos corpos colados
Sentia tremer os ossos
E você em meus braços
Parecia querer mais

Mais foi o que não teve.
Deveras ser o ato da conquista
Sem rodear, sem prender.
Sem nem razões pra dizer

Deixe-me te ajudar

Quando a cruz pesar,
Lembra-te, estarei ao teu lado.
Minhas mãos descansarão
Em teu ombro e levemente
Soprarei palavras de afeto e conforto
Ao teu ouvido.

No trecho do nada

Ainda que morto
Não temerás o vale das sombras
Pois nele que se dá a verdadeira caminhada
E nessa hora
Não hesitará em exceder a força
E ainda assim,
Desprezará a imagem do Pai
Para fixar-se em prazeres carnais?

Como você pode ver...

Tudo tem seu motivo para ser ou ter.
Os palhaços nos fazem rir.
Os políticos, chorar.
Ser banal alegra-me.
Ver mendigos à rua, entristece-me.
Diferentes emoções vividas a toda hora.
Não medimos, nem pedimos.
Mas elas vêm.
Complexas indagações.
O mesmo comigo, poeta.
Para que serviria um poeta,
Se esse não iludisse nenhuma emoção?

Só nos dois

O céu aberto
Cheio de estrelas
O reflexo da lua nos teus olhos
A umidade do orvalho em tua boca

Ao pé do teu ouvido
Recito meus poemas
Murmuro versos ardentes
Desejos que tínhamos há tempos

Tua pele branca sedosa
Macia como as flores
Espalhadas pelo teu corpo
Que como a lua, descoberto.

Tuas lagrimas de emoção
Já me dizia o quanto sentia
Afagar-te com meus beijos
E te dar meu coração

O contrário enrolado

O avesso das faces
Tristeza e alegria
Conjugadas e juntas
Como folhas de alface

Não passariam de folhas
Se não houvesse nelas
Este verde esbravejante
E tão macias como toalhas

Estas que se estiverem molhadas
Não nos servem para nada
Já que nela seria bom secar
Tão bom quanto comer um monte de torradas

Crocantes e saborosas
Com bastante manteiga
Pra ficar cheirando no ar
Como leite-de-rosas

Perfumado e sedoso
Liquido que mistura
Uma grande leveza
E muda um ser horroroso

Quando tal molha com cheiro
Este leve aroma
Muda, transforma.
Faz o belo ficar feio

Comendo carne fria e chupando os ossos

A decepção em minhas lagrimas
Condizem com os fatos lamentáveis.
O que eram eternos amigos
Hoje não passam estranhos insuportáveis.

Não mais deixarei atingir-me.
Obrigado pelas desilusões.
Serei grato pelo que aprendi.
Silenciarei minhas conclusões.

Como foste grosseiro, impetuoso.
Quando for a minha vez de vingar,
Deixarei o tempo dizer-te
E não vou ter dó nem pesar.

Deixarei a fúria lavar-me a alma.
Lembrarei com ódio teu desprezo.
Farei sangrar-te para sofrer.
Bem no final, cederei teus desejos.

Deliciarei cada minuto
Vai implorar para morrer
Vagará com sua alma desprezível
E isso pra mim, vai ser como nascer.

Deixe que se vá!

Me dá uma vontade de chorar.
Quando por qualquer motivo
Vejo a farsa por de traz do seu olhar,
O medo pelo qual lutei contra
E o justo o que veio aflorar.

Hoje, alojada em minha face,
Está à tristeza forçada,
Imposta por alguém que quis bem.
Nas promessas em que não trairás.
E foi logo onde pecou.

Anda-te escolha teu caminho.
Vá para onde desejas.
Fuja com teu mau caráter.
Deixe-me viver em paz,
Deixe trilhar em meu limbo

Veja as palavras mal ditas.
Olhe nos meus olhos.
Diga-me se realmente vê
Quanto ódio rasga minha alma.
Diga-me se honra os teus dizeres.

Tua cara imunda, palavras vagas,
Cheirando a carne podre.
Vá e não olhe para traz.
Segue-te teu caminho
Como todo desprezado faz.

Aos meus amigos que nunca pensei ter

Nunca pensei ver a podridão
Alojada no coração das pessoas
Que julgavam serem meus amigos,
Falavam que me conhecia.

Já ouvi isso há tempos,
Mas não pensei dizer
E para essas tais pessoas eu digo:
“A justiça tarda, mas não falha!”

É uma pena ver meus ditos amigos
Serem apenas carcaças velhas e imundas,
Jogadas para que alguém as colha.
Entristece-me os fatos.

Se acha que estarei
Jogado ao vento frio e a chuva,
Esperando que alguém me salve.
Estão completamente enganados

Pois as flores que um dia partiu,
Que murcharam em meu jardim.
Hoje estão esbeltas e lindas.
No lugar das rasteiras há uma bela floresta.

A cada tombo ou desilusão que tenho,
Rejuvenesço, pois sou como a Fênix.
Quando você acha que acabou
É quando realmente está começando.

Meu sangue se transforma em fogo.
Alimenta-me, faz superar.
O ódio eleva e determina.
O amor guia-me para uma nova era

Antes, tinha medo de perdê-los.
Mas hoje, meu medo é de conhecê-los.
Amigos, Amigos não se vão!
Obrigado aos que realmente são!

No caminhar da vida é que percebemos

Que bom será
Quando não sentir frio
Na hora em que for me deitar
Sentir meu corpo aquecido
“Aconchado” ao teu
Como se nada tivesse ocorrido

Ver que o dia foi longo
Que as festas acabaram
E como foram os tombos
Saber que crescemos
Que apesar dos pesares
Acreditamos que podemos

As dificuldades que enfrentamos
As desilusões que tivemos
Por todo esse tempo, sempre lutamos.
É agora no fim que não estou agüentando
Tenho uma vontade tremenda de lhe falar
De como foi lindo a forma que nos amamos

O que ainda restou?

Vê, tudo está em seu lugar.
Tal qual como deixou
Ainda te espera
Vê, a esperança me alimentou.
Sem sentir você se foi
Sou o mesmo que eu era

Sei, não há razão para chorar.
Quis não me machucar
Fiquei indefeso
Sei, o que sinto talvez vá passar.
O que está pensando fazer?
Há esperança em ficar?

Sim, foi como pensei.
Seu silêncio já me diz tudo
Incômodo pesar
Sim, você sabe como lutei.
Mas me fale de você
Já me vale só de aqui estar

Então me diz o que seu coração tem falado
Tens profundos segredos; indecifrável.
Quero saber se você quer
Então o sentido da vida acabou?
Não se lembra dos nossos momentos?
Momentos esses que te fiz mulher

Nada é do jeito que um dia foi

Os beijos que lhe dei
Os abraços que compartilhei
As loucuras que fizemos
As ambições e os desejos que temos
Nada seria se você não existisse

Nosso louco amor insaciável
Dois insanos descontrolados
Não dando trela para o tempo
E de forma considerável
Embalamos em nossos sonhos

Cada segundo que passa
Todas as nuvens que vi
O pôr-do-sol que se arrasta
E para todas as gostas da chuva
Que ainda assim, não deixam de cair

Meu amor por ti sobra
Aproveitando o tempo no caminhar das horas
Desejo passar toda minha vida ao seu lado
Deslizando em cada curva tua
Obcecado por ser o “dono dessa obra”

Perdido no espaço das horas

Como sempre te disse
Não haverá o dia de amanhã
Se não viver o dia de hoje
E foi assim que aconteceu
Não vivi o dia de hoje
Que se acumulou para o dia seguinte
Deixou-se encher e ficou para o outro
Assim deu-se a perda

Hoje estou obcecado
Minha cabeça dói
Minhas vistas está cansada
Com medo da morte
Totalmente preocupado

Não tive infância
Não vivi como criança
Já tudo vi e logo cresci
Amadurecer para oque?
Só para entender o porquê?

Mas fica a latejar
Quando vejo que a noite chegou
Daqui a pouco vai partir
E não suportando
Logo tenho que ir dormir

Insistente ilusão

À noite ta chegando
E eu aqui esperando
Somente olhando
Quero ver você passar, linda.
Quero ver o teu olhar
Sentir o perfume da mais bela flor
E lá vem ela, cheia de glamour

Teus olhos negros
Já me dizem tudo
Mas tua boca muda o assunto
Teu beijo eu quero provar.
E não consigo desviar meu olhar

Essência do meu ser
És assim todos querem te ter
Vem pra mim nega
Vem pro meu querer
Te quero só pra mim
Estou afim de você

Minha cabeça fica confusa
Meu corpo pede e acusa
Te quero só pra mim
Mas sinto quando me diz:
_ Não estou afim.

E no fim

Ô minha preta.
Te pego de jeito te dou um "chêro".
Apenas lhe digo que tudo terminará bem,
que no fim estarei olhando para o horizonte num final de tarde,
acariciando sua cabeça encostada no meu ombro, enquanto levemente
o vento nos leva e com apenas um profundo e suave suspiro iremos demonstrar tudo aquilo que já passamos juntos.
É nessa hora que saberemos se fomos um para o outro como nos prometemos em tempos difíceis.