quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ser incrédulo

Quanto tempo mais poderei aguentar
Sem que alguém venha me torturar
Sufocar-me com seus medos
Fazendo meus planos escorrerem pelos dedos
Deteriorando meu caráter

Com o que mais posso me indignar
Com o excesso de comida,
Ou com meu modo de esbanjar?
Com a forma banal que meu texto é lido,
Ou por ter visto e omitido?

Contudo deixo de ser para ter
Penso alto sem crescer e poder
Viso o céu quando o que resta é o inferno
Bom, com meu salário mínimo,
Comprarei um terno ou um par de chinelo?

Ando, paro, penso, falo e vejo
A qual desses objetos cederei meus desejos?
Sendo o mais puro ser increpto
Espero preservar meu estado de putrefação
Cedendo minha alma, meu corpo, indo além de meu coração.

2 comentários:

  1. A cada dia q passa me surpreendo mais com os seus textos,pela forma q escreve,cmo é possivel descrever coisas tão simples de uma forma tão intensa e singular?Na maioria das vzs me pego sem palavras diante dos seus poemas.É normal artistas se indignarem com algumas coisas q para outras pessoas passam despercebidas,parece q nós "artistas" temos olhos e ouvidos p tdo q acontece ao nosso redor...sentir-se pressionado,sufocado,diante de certas situações é no mínimo razoável...neste poema vc coloca tdo em 1ª pessoa,mas vi de uma forma generalizada tdo o q quis expressar aí.Pude ver neste poema tdos os artistas q sofrem com os ciúmes e as cobranças de seus companheiros;a luta para serem reconhecidos e sobreviverem do próprio trabalho;a desvalorização do msmo;e mtas vzs acabam desistindo do seu sonho simplesmente por serem impedidos de sonhar...
    Mais uma vez parabêns pelo excelente trabalho!!!

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  2. Atualizando os meus [na medida do possível rs]
    Quando puder..passa lá(s)/abrçs!

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